Com a correria do dia a dia, muitas vezes acabamos optando por alimentos práticos e rápidos, sem nos atentar aos riscos que eles podem trazer à nossa saúde.

Nos últimos dez anos, o consumo de alimentos ultraprocessados pelos brasileiros teve aumento médio de 5,5%. É o que aponta estudo sobre o perfil de consumidores, divulgado recentemente pela Revista de Saúde Pública, da Universidade de São Paulo (USP). Estão incluídos nessa categoria alimentos como refrigerantes, biscoitos, salgadinhos, embutidos, sopas instantâneas, congelados, entre outros.

Um produto é considerado ultraprocessados quando conta com um número elevado de ingredientes, contém ingredientes com nomes pouco familiares e substâncias de uso exclusivamente industrial, como: gordura vegetal hidrogenada, óleos interesterificados, xarope de frutose, isolados proteicos, agentes de massa, espessantes, emulsificantes, corantes, aromatizantes, realçadores de sabor e vários outros tipos de aditivos. A fabricação, geralmente feita por indústrias de grande porte, envolve diversas etapas e técnicas de processamento, como fritura e desidratação. E, apesar da praticidade, pois de modo geral estão prontos para o consumo, esses alimentos não oferecem benefícios nutricionais significativos ao nosso organismo e possuem uma série de riscos à saúde.

Quais os riscos?

A ingestão excesiva desses alimentos podem levar a doenças como obesidade, diabetes, doenças cardíacas, hipertensão arterial e colesterol alto. Além disso, esses alimentos geralmente têm baixo teor de fibras e nutrientes essenciais, o que pode levar a deficiências nutricionais.

Outro risco é a presença de aditivos químicos, conservantes e corantes artificiais, que podem ser prejudiciais à saúde a longo prazo. Alguns deles podem ser cancerígenos, causar alergias e irritações na pele, e até mesmo afetar o sistema nervoso central.

Como evitar?

Para eveitar o consumo desses alimentos, confira as dicas que preparamos abaixo:

• Leia os rótulos dos alimentos e escolha aqueles com menos ingredientes artificiais. Uma forma prática de distinguir alimentos ultraprocessados é prestar atençõa à lista de ingredientes dos rótulos de alimentos embalados que possuem cinco ou mais ingredientes.

• No dia a dia, procure locais que servem refeições feitas na hora e a preço justo. Restaurantes de comida por kilo podem ser boas opções, assim como refeitórios que servem comida caseira em escolas ou no local de trabalho. Evite redes de fast-food.

• Seja crítico quanto a informações veiculadas em propagandas comerciais. Lembre-se de que a função essencial da publicidade é aumentar a venda de produtos, e não informar ou educar as pessoas. Avalie com crítica o que você lê, vê e ouve sobre alimentação em propagandas comerciais e estimule outras pessoas, particularmente crianças e jovens, a fazerem o mesmo.

• Faça compras em locais que ofertem variedades de alimentos frescos. Procure ir em feiras livres e feiras de produtores. Prefira legumes, verduras e frutas da estação e cultivados localmente. Sempre que possível, adquira alimentos orgânicos e de base agroecológica.

• Exercite suas habilidades culinárias. Sempre que possível, prepare suas próprias refeições com ingredientes frescos e minimamente processados, como verduras, legumes, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis. Se você não possui habilidades culinárias, nunca é tarde para começar! Para isso, converse com as pessoas que sabem cozinhar, peça receitas a familiares e amigos, leia livros, consulte a internet, faça cursos e... comece já!

• Utilize óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar: utilizados com moderação, esses ingredientes contribuem para diversificar e tornar mais saborosa a alimentação sem torná-la nutricionalmente desbalanceada.

Por fim, além de limitar a ingestão de alimentos ultraprocessados, é sempre bom lembrar que a prática de atividades físicas regularmente, sono de qualidade e redução do estresse também são fatores importantes para manter um estilo de vida saudável. Adotando essas medidas, você pode cuidar melhor da sua saúde e evitar os riscos de doenças associadas a mà alimentação. 

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